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Como manter o controle diante da crise?

Talvez as duas palavras mais temidas por qualquer pessoa que tem um negócio sejam: crise financeira. E não é por acaso; sabemos que muitas empresas quebram em períodos de crise financeira, mas o verdadeiro problema por trás dessas falências não é a situação econômica em si. E aqui vem a boa notícia: você pode blindar seu negócio, se souber manter o controle e fazer um bom planejamento.

A questão que você tem em mente, agora, provavelmente é como manter o controle diante da crise. Para responder a essa pergunta, vamos apresentar três recomendações essenciais. Leia com atenção, pois essas informações simples podem fazer toda a diferença para a sobrevivência da sua empresa em circunstâncias adversas!

Conheça seus custos e despesas

Não é possível nem falar em controle e planejamento financeiros, se você não conhece a fundo os custos de operação e as despesas fixas da sua empresa. E, infelizmente, muitos gestores nem sabem qual é a diferença entre um e outro. Então, vamos começar pelo conceito.

Os custos de operação são aqueles gastos ligados diretamente à operação da empresa, à sua atividade principal. Imaginando que seja um comércio, por exemplo, os custos de operação incluem o pagamento dos fornecedores dos produtos vendidos, compra de embalagens, taxas pagas por emissão de boletos ou taxas de máquina de cartão. Esses custos de operação aumentam ou diminuem, de acordo com a intensidade da atividade do negócio.

Enquanto isso, as despesas fixas são aqueles gastos que independem das operações. No mesmo exemplo, as despesas fixas incluem o aluguel do prédio em que opera o comércio, os salários dos funcionários, a compra de materiais de escritório. Mesmo que o comércio venda 50% a mais ou a menos em qualquer período, essas despesas fixas não são afetadas.

Uma vez que você conheça bem os custos e despesas do negócio, pode encontrar maneiras de controlá-los e, assim, aumentar sua lucratividade. Uma boa dica é tentar manter as despesas fixas tão baixas quanto possível. Elas não devem ultrapassar o equivalente a 30% do faturamento bruto da empresa.

Não custa reforçar que uma empresa com mais lucratividade sofre menos durante as crises, pois mesmo que as vendas tenham alguma queda, ela não fica em um “aperto” financeiro.

Elabore o fluxo de caixa

Nem sempre o fluxo de caixa recebe toda a atenção que merece. Dentre as ferramentas para controle e planejamento financeiro, essa é uma das mais importantes.

O fluxo de caixa registra as entradas e saídas de dinheiro e, com base nessas informações, permite apurar qual será o saldo disponível em caixa. Se o saldo em caixa ficar muito baixo ou chegar a zero, ele será insuficiente para cobrir os compromissos financeiros da empresa – então, existe uma situação crítica.

Manter um saldo saudável é indispensável para evitar problemas de vários tipos, como a perda da boa relação com um fornecedor e até mesmo a falta de recursos para manter a empresa operando.

Quando você não tem um fluxo de caixa, é fácil cometer um deslize e realizar um gasto incompatível com o saldo da empresa, colocando o negócio no vermelho. Essa ferramenta permite planejar quando é o melhor momento para que aconteçam as saídas de dinheiro, sem prejudicar o cumprimento dos compromissos financeiros que já existem.

Conheça seus indicadores financeiros

Você pode ter muitos demonstrativos e relatórios financeiros, mas sabe o que é ainda melhor? Ter indicadores financeiros. Basicamente, eles mostram uma imagem mais refinada da situação da empresa, por meio do processamento dos dados que estão presentes nos demonstrativos e relatórios.

Existem indicadores para diferentes tipos de informação, como rentabilidade, liquidez, atividade, estrutura de capital, entre outros. Vejamos alguns exemplos:

  • Margem EBITDA: é um indicador de rentabilidade que mede a margem de lucro operacional, excluindo despesas financeiras e depreciação. Existem outras margens que podem ser calculadas, como o lucro líquido, que desconta todos os custos e despesas. Calcular a margem incorretamente, por não conhecer bem a estrutura de custos do negócio, é um grave erro financeiro!
  • Liquidez corrente: é um indicador de liquidez que contrapõe o quanto a empresa tem a receber e o quanto ela tem a pagar, em períodos de curto prazo. O ideal é que a relação seja superior a 1, indicando que a empresa tem mais a receber do que a pagar.
  • Giro de caixa: é um indicador de atividade que mede a rapidez da circulação do dinheiro em caixa. Se a liquidez corrente é baixa, o giro de caixa é alto, indicando que logo que o dinheiro entra, precisa sair para pagar contas.
  • Cobertura de juros: é um indicador de estrutura de capital que mede a capacidade da empresa cobrir os juros de suas dívidas. Nem sempre o alto endividamento é um problema, podendo estar relacionado a uma busca de alternativas para a expansão do negócio, desde que a cobertura de juros seja boa.

Escolher os melhores indicadores e acompanhá-los de maneira consistente, ao longo do tempo, é indispensável para manter o controle e fazer um planejamento financeiro adequado.

Com essas medidas, mesmo que os rumores de uma crise sejam fortes, sua empresa pode continuar operando e até crescendo no mercado!

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